quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Por que os juros ao consumidor no Brasil so sobem? Ou: A Keynesiana Miriam Leitao atonita.

Hoje a Mrs. Pig (Leitao) mostrou como um legitimo keynesiano fica atonito quando suas crencas em teorias economicas erroneas nao funcionam na pratica – e elas nunca funcionam. Nos seus dois comentarios diarios na CBN (aqui e aqui), Miriam Leitao engrossa o coro daqueles que nao entendem como pode no Brasil a inadimplencia dos consumidores estar caindo e as taxas de juros pagos dos pobres mortais estarem subindo. Vamos ver se consigo dar uma luz a mulher.
          Primeiro, o governo controla diretamente mais de 50% do credito no pais, atraves dos bancos estatais. Isso significa menos concorrencia na praca. Logo quem tem acesso a esse credito quase que monopolizado repassa para a clientela com um spread maior. Aqui inclui o caso de financeiras e bancos de menor porte.
Segundo , o estado balofo brasileiro comanda mais de 45% da economia interna. Agora image so, para que um sujeito (banco) vai emprestar a Joaos e Marias, com 15% ou 20% de retorno ao ano e um baita risco, se o governo paga limpinhos 12-13%  (e subindo no momento)? Logico que nao. Por isso que vemos instuicoes cobrando o dobro ou mais de juros nos emprestimos, inclusive do automovel mencionado por Miriam, que e baixo (~ 22 % ao ano!) pois o bem pode ser tomado facilmente em caso de inadimplencia.
Terceiro, as operadoras de cartoes de credito nao sao bobas. Elas sabem que o Brasil e  um lugar dos quem tem e dos quem nao tem, daqueles que pagam e daqueles que nao pagam. Entao para se proteger de uma eventual debandada de inadimplencias, as operadoras colocam um alto custo aqueles que se atrevem a nao pagar. Mas isso nao ocorre somente no Brasil. Claro que os juros sao expressivamente maiores. Mas a inadimplencia no cartao aleija tanto o brasileiro quanto americanos, canadenses e europeus.

A lista pode se alongar, mas querer sugerir que estao de sacanagem com o consumidor por causa dos juros cobrados no pais e que o governo tem que fazer alguma coisa, na marra por decreto talvez, como Miriam menciona, e nao enxergar que o problema emana justamente do Estado. Portanto, menos governo e mais mercado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário