quinta-feira, 3 de abril de 2014

Coisa de louco - Banco Central aumenta juros. Pra que?

Bem curtinha essa.

Olhem que coisa de louco: O Banco Central (BC) aumenta a taxa de juros (foi para 11% agora). Para que? Oras, para que os individuos consumam menos. Assim, com menos consumo, os precos tendem a nao aumentar. E ai? Oras, se os precos nao aumentarem os individuos consumem mais.

terça-feira, 25 de março de 2014

Brasil rebaixado pela Standard and Poor - O que significa para os Joaos e Marias

Hoje o bafafa economico eh o rebaixamento dado pela Standard and Poor (S&P) para a classificacao de risco do Brasil. O corte foi de BBB para BBB-. E de maos dadas foram rebaixadas as notas da Petrobras e da Eletrobras, empresas com forte intervencao do Estado.  E o que isso quer dizer para o Joaos e Marias, os cidadaos comuns?
Bom, a priori isso significa que ferrou, ou comecou a melar. Queira ou nao queira, o Brasil e suas companhias (quase todas) vao ter que rebolar para pegar emprestimos no mercado externo. Isso quer dizer que as empresas que queiram expandir ou comecar novos projetos e por consequencia contratar mais Marias e Joaos, vao ter que colocar o pe no breque. Ou aceitar a pagar mais juros.  Ah, entao usemos mais o BNDES; se os emprestimos la fora ficaram caros agora vamos aproveitar o Banco de Desenvolvimento que temos aqui. Mas foi exatemente esse um dos itens que nos no levaram a ser rebaixados.
Os investidores ja estao escaldados com o Brasil ha tempos. A divida publica brasileira vem sendo maquiada para parecer menor do que realmente eh. O governo vem usando e abusando, oferecendo credito a empresas nacionais e internacionais (Cuba, Venezuela e Africa) com taxas de juros camaradas, abaixo do mercado, atraves do BNDES. Muito desse dinheiro ja foi para o ralo com as empresas Xs e JBS. Com isso o governo se individou e tentou colocar esse divida como credito futuro, imaginando que tais emprestimos serao pagos (faz-me rir). O medo dos investidores, apontando pelo rebaixamento da S&P, eh que a trajetoria de aumento da divida continue e no futuro proximo o governo (nos brasilieiros) nao tenha como honrar o pagamento. De novo, isso afeta os Joaos e Marias no sentido de que com mais credito na praca, a inflacao que eh um imposto lhes corroe o poder de compra.

Eh dificil sair desse balaio de gato agora. A recomendacao classica seria o governo apertar os cintos e conter os gastos. Mas isso Dilma e companhia nao querem nem pensar, ano de eleicao sabe como e que eh, pois fazendo isso, o corte bateria em algum orgao governamental ou  de grupos que apoiam o governo. Ai ja se viu, se mesmo com todas as regalias atuais, grupos ditos sociais tais como MST, MTST , etc. nao param com as passeatas, imagine se o governo ameacar a lhes cortar o financiamento. O jeito que o governo vem arranjando eh usar mais e mais o BNDES e bancos publicos para emprestar mais recursos, gerando mais inflacao e deixando que as Marias e Joaos se virem com a crescente conta no supermercado. 

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

O desprezo pelo conhecimento no Brasil - Resposta a Sabine Righetti (Blogueira da Folha de Sao Paulo)

Dando uma sapeada aqui e ali pela internet, acabei parando na Folha de São Paulo. Admito que, além das noticias, gosto de dar uma olhada nos textos de comentaristas e blogueiros. Ai hoje me deparo  com um post : “Bolsistas no exterior não falam inglês por porque ninguém fala inglês”, escrito por Sabine Righetti, doutora e especialista em politicas de educação e ciência. Bom, pelo titulo já notei que havia um redondismo tremendo. Ao ler o texto a coisa piorou.
Righeti puxa o fato que alunos brasileiros no exterior, principalmente aqueles contemplados com  bolsas do programa Ciências sem Fronteiras, apresentam tremenda dificuldade na língua inglesa. Por esse motivo não estão sendo aceitos em institiucoes e os alguns que já foram podem ter que voltar ao Brasil devido a deficiência linguística. Ate ai tudo bem, tudo entendido. Mas a coisa se complica quando a doutora apresenta seu diagnostico e sua solução para se resolvêr o problema. Segundo Sabine os alunos brasileiros não falam, não escrevêm e não leem em inglês porque no Brasil não temos inglês nas universidades. Devido a isso, os alunos não podem praticar a lingua inglesa, escrever suas dissertações, fazer publicações,  falar com os amigos no campus etc . O remédio, segundo a blogueira, seria colocar inglês nas univêrsidades e pronto, tudo seria resolvido.  Com suas próprias palavras ela diz: ...” Simples: porque no Brasil não há inglês no ensino univêrsitário”. Oras, sera que a doutora se esqueceu que todos os estudantes brasileiros tem oito, eu disse “OITO”, anos de ensino da língua inglesa? Pelo currículo do MEC, a garotada começa os estudos do inglês no quinto ou sexto ano do fundamental e vão ate o fim do ensino médio.  Isso no setor publico. No privado, crianças tem dois ou três anos a mais. Isso seria, em qualquer pais do mundo, carga horaria suficiente para ser ter sólidos conhecimentos da língua.
A solução da blogueira me faz lembrar  a parodia do carpinteiro que vê somente o martelo como soluções para qualquer tipo de problema, ou sejá, tudo eh prego . A doutora Righeti, como professora da UNICAMP, naturalmente apoia mais do mesmo. Alias, eu estudei na UNICAMP e la havia sim cursos avulsos de línguas, que qualquer um poderia se matricular, bastando tao somente vontade propria. Entao não Sabine, os alunos não falam inglês porque ninguém fala inglês, mas sim porque a metodologia de ensino, não somente línguas mas como nas demais disciplinas, eh feita de forma erronea, não previlegiando o conhecimento e sim o “canudo” e os titulos.
Todos os estudantes univêrsitaros serios já sabem inglês antes de ingressar nas instituicoes. Alias, inglês , em faculdades consideradas relevantes, eh um pre-requisito  na admissao dos calouros atravês dos vestibulares.
No pequeno post a professora aprovêita tambem para defender o indefensavel: de que  as universidades brasileiras sao pouco internacionalizadas (leia-se  sem expressao alguma mundialmente) porque os alunos não escrevem em inglês e não o aprendeem nas universidades. Oras de novo. Que falacia  e essa? Quem ela pensa que engana? As universidades brasileiras não sao pouco internacionalizada, isso e eufemismo. O Brasil esta totalmente fora da comunidade intelectual internacional. Nenhuma descoberta de importancia relevante acontece no pais. A razao disso não e falta de língua estrangeira e sim a coisificacao, massificao do ensino e a veneracao aos titulos . Isso sim e o motivo pelo qual universitarios não falam inglês: desprezo ao conhecimento, muitas vezes aliadas a ideologias “anti-imperialistas” que pairam nas cabecas de estudantes, principalmente nas areas de estudos sociais.

Entao esse pessoal que estaria voltando ou não indo para instuicoes onde o ingles eh requsito, seriam por dois motivos na minha visao: ou frequentam ou frequentaram universidades de baixa qualidade que se espalham aos montes pelo Brasil e ou se trata de cotistas em instituicoes de um pouco mais gabarito. Aposto 1 cent que se pesquisarem sera isso que vão encontrar. 

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Quem paga as termeletricas: A falta de logica primaria.

Uma reportagem no UOL online de hoje nos diz que o governo, como sempre caridoso, aceitou fazer uma vaquinha com os cidadãos: vai pagar meia-meia da conta de energia produzida pelas termeletricas.  Isto é mais uma mostra absurda de falta de coerencia primária que habita na sociedade brasileira.
Como sei que alguns preferem que se desenhe imagine a seguinte situacao: um amigo teu, conhecidamente gastador e na qual o trabalho nao seja seu forte, acabou de te pedir emprestado uma grana. Voce, na maior boa vontade, empresta para o sujeito já com vagas esperanças de ser reembolsado.  Dias depois o camarada resolve dar uma festa - na qual voce nao quer ir, mas pela boa amizade acaba aceitando .  Passado a festa, o amigo cara-de-pau se vira para os convidados e diz que voces terão que pagar meia-meia e que ele, muito justo e orgulhoso de si, vai arcar com os outros 50%. Agora a pergunta: Quem realmente bancou a festa?

É exatamente essa falta de lógica que esta no Brasil e de forma crescente. O estado-amigão continuamente nos toma “emprestado” , nos promentendo festas na qual não pedimos e não queremos. Esta na hora dos de boa indole aprender e praticar uma palavra: chega.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Por que os juros ao consumidor no Brasil so sobem? Ou: A Keynesiana Miriam Leitao atonita.

Hoje a Mrs. Pig (Leitao) mostrou como um legitimo keynesiano fica atonito quando suas crencas em teorias economicas erroneas nao funcionam na pratica – e elas nunca funcionam. Nos seus dois comentarios diarios na CBN (aqui e aqui), Miriam Leitao engrossa o coro daqueles que nao entendem como pode no Brasil a inadimplencia dos consumidores estar caindo e as taxas de juros pagos dos pobres mortais estarem subindo. Vamos ver se consigo dar uma luz a mulher.
          Primeiro, o governo controla diretamente mais de 50% do credito no pais, atraves dos bancos estatais. Isso significa menos concorrencia na praca. Logo quem tem acesso a esse credito quase que monopolizado repassa para a clientela com um spread maior. Aqui inclui o caso de financeiras e bancos de menor porte.
Segundo , o estado balofo brasileiro comanda mais de 45% da economia interna. Agora image so, para que um sujeito (banco) vai emprestar a Joaos e Marias, com 15% ou 20% de retorno ao ano e um baita risco, se o governo paga limpinhos 12-13%  (e subindo no momento)? Logico que nao. Por isso que vemos instuicoes cobrando o dobro ou mais de juros nos emprestimos, inclusive do automovel mencionado por Miriam, que e baixo (~ 22 % ao ano!) pois o bem pode ser tomado facilmente em caso de inadimplencia.
Terceiro, as operadoras de cartoes de credito nao sao bobas. Elas sabem que o Brasil e  um lugar dos quem tem e dos quem nao tem, daqueles que pagam e daqueles que nao pagam. Entao para se proteger de uma eventual debandada de inadimplencias, as operadoras colocam um alto custo aqueles que se atrevem a nao pagar. Mas isso nao ocorre somente no Brasil. Claro que os juros sao expressivamente maiores. Mas a inadimplencia no cartao aleija tanto o brasileiro quanto americanos, canadenses e europeus.

A lista pode se alongar, mas querer sugerir que estao de sacanagem com o consumidor por causa dos juros cobrados no pais e que o governo tem que fazer alguma coisa, na marra por decreto talvez, como Miriam menciona, e nao enxergar que o problema emana justamente do Estado. Portanto, menos governo e mais mercado.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

A Historia segundo os liberais - Resposta ao post de Rodrigo Constantino

Segue a minha resposta ao blog do Rodrigo Constantino com o titulo “ O homem esuas invenções”.


Esse eh um dos meus problema com os liberais - eles acham que a historia comecou somente ha 600 anos atras, com preferencia delirante a partir do seculo XIX. Alem do mais, nao muito raro, utilizam o mesmo jogo da esquerda em querer desqualificar o outro lado dissidente. Mas vamos la.
Segundos os liberais,  a humanidade so comecou em meados do seculo XV, depois do grande despertar do Ocidente. Antes disso nao havia nada, alguns litaralmente acreditam que existia somente o verbo. Os antigos e sempre sanguinarios arabes nao contribuiram nadica de nada para a Algebra, Matematica e comercio mundial, pelo menos no mundo antigo conhecido. Nao, nos ocidentais ainda utilizamos os numerais romanos para projetarmos nossas pontes, edificios e ensinar nossas criancas nas escolas. Os europeus nao foram para a India e China atras de especiarias e de la trouxeram , entre outras coisas, a polvora que mais tarde fora usada para bombardear essas duas nacoes, colocando postos de comercios de “free-trade” em areas costeiras. Flandres desde sempre fazia os melhores panos finos que vestiam a burguesia europeia e, nao, nao era a India. Nao, os egipcios nao projetaram e construiram as piramides e grandes cidades ao redor do Nilo ha mais de 7000 antes de Cristo. Logico que foram os italianos que desceram para as terras dos faraos e construiram tudo aquilo. E tambem os fenicios e egipcios nao desenvolveram a agricultura. Foi na Inglaterra onde apareceram as primeiras civilizacoes que se alimentaram de cultivados cereais. Tudo que presta foi criado por nos ocidentais.
Comparar 8500 anos de contribuicao para o progresso humano de outras civilizacoes com somente 6 seculos de apogeu ocidental, sem dar credito nenhum, eh excluir a grande parte da historia da humanidade. Eh tal como aquele professor, que conduz um curso xuleta, ai no ultimo dia de aula, vira um astro e da um show, ja sabendo que lhe aguarda uma grande avaliacao de curso pelos alunos. Eh a tecnica do ultimo a se aprensentar. E funciona.
Voltando para o assunto do caso, a grande sacada dos europeus do seculo XV, na minha opiniao, foi a invencao do canhao (ja explicado de onde eles trouxeram a polvora). Com a engenhoca ficou, digamos, relativamente facil atracar nos portos asiaticos e bravar “nos de o que queremos ou mais bomba”. Mas nao, sempre vem aquele pensamento em nos ocidentais de que chineses e indianos eram (ou sao) tapados e inferiores. E eh logico que eh por isso que nos ocidentais, intelectuais superiores, desenvolvemos artilharia de longo alcance. Nada a ver com o fato de que, desde o peloponeso ate as enfidaveis guerras da era mediavel, as taticas e arsenais militares vinham sendo aprimoradas. E no oriente, os “tapados” nao foram expertos o bastante para competir militarmente. De novo - historia nao existe - nada  de relacao de que orientais, com excecoes, ja tinham passado um pouco alem da era das guerras mediavais e, na sua maioria, ja estavam relativamente passificados sob seus respectivos regimes. E portanto nao havia a constante necessidade de aprimoramente armamenticio. O “free-market” ja existia na China e na India quando os europeus la chegaram. Estes ficaram maravilhados com o sistema (Marco Polo remete alguma coisa?) e foram atras do ouro e prata nas Americas – unica coisa que os indianos e chineses aceitavam pois o que os europeus podiam oferecer, trazidos da europa eram desprezados, nao valiam para nada. Ou seja, chineses e indianos estavam muito mais avancados economicamente e estavam, descuple o palavreado, cagando e andado para a Europa. Esse foi o grande erro. Os ocidentais, tal como hoje, estavam prontos a conseguir a forca o que vieram buscar.

Estes sao os fatos, agora querer marcar a historia e dizer - ” Soh daqui pra frente vale. O resto pra tras eh lixo e nao vale nada e nao contribui para nada”- eh pura calhardisse. Soh espero que os orientais, que pelo andar da carruagem podem muito bem dominar o mundo nos proximos seculos, tenham apreco pelo legado ocidental.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Conheca George Orwell

Segue um documentario que nunca existiu na realidade. George Orwell, escritor de 1984 e a Revolucao dos Animais, jamais teve sua voz ou imagem gravadas. Neste video,  BBC escolhe um excelente ator para perfazer os caminhos de Eric Blair (real nome de George Orwell) e colocar em documentario os principais eventos e trabalhos deste grande escritor.

Sem me alongar - o video esta ai - a parte mais tocante eh quando Orwell, em uma das suas ultimas entrevistas, diz:” Se voce quer uma visao do futuro, imagine uma botada na cara de um individuo, para sempre.”